Um dos principais desafios do Brasil na transição energética é a redução da pobreza energética, que abrange a universalização dos serviços, tarifas acessíveis e qualidade no fornecimento de energia. Segundo uma pesquisa do Ipec, 36% das famílias brasileiras gastam metade ou mais de sua renda com energia e combustíveis, sendo o percentual ainda maior entre famílias com renda de até um salário mínimo (53%) e na população negra (43%). Joisa Dutra, da FGV-Ceri, ressaltou que a regulação deve levar em conta as diversas realidades sociais e geográficas dos consumidores. O governo federal lançou um decreto para modernizar o setor elétrico e promover a equidade tarifária, permitindo tarifas baseadas em critérios técnicos. Além disso, a dependência de lenha como fonte de energia para famílias mais pobres é um problema que o governo busca enfrentar por meio de programas de substituição. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) está também ampliando o debate sobre a pobreza energética com novas iniciativas. (Valor Econômico – 20.09.2024)