BNDES/Mercadante: Transição energética é cara e precisa de políticas públicas

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, fez um discurso sobre a transição energética no Brasil, afirmando que essa transição é cara e requer políticas públicas. Ele destacou que o mundo está entrando na fase de catástrofes climáticas, com regiões sofrendo revezes da natureza que nunca haviam enfrentado antes. Mercadante enfatizou que as seguradoras não cobrem os danos decorrentes desses desastres naturais, o que acaba recaindo para o Estado, reforçando a necessidade de recursos públicos para patrocinar a transição energética. O presidente do BNDES também mencionou que o petróleo ainda é uma matriz energética mais barata e consolidada que as demais, mas ressaltou que o Brasil tem a matriz energética mais limpa entre países do G20 e que o país tem focado nas energias hidráulica, solar e eólica. Ele destacou o esforço do Brasil em intensificar o uso de conteúdo local na energia eólica e informou que o BNDES está mexendo um pouco nos juros para dar equilíbrio às taxas de referências. Além disso, Mercadante afirmou que o BNDES não financiará mais nenhum frigorífico brasileiro sem rastreabilidade do gado, mas está disposto a financiar o chip de rastreabilidade do gado brasileiro. Ele destacou a importância do boi zero, que não desmata, e que há uma extensão de pastos degradados gigante no Brasil. O BNDES também apoia o boi de confinamento, que demanda menos áreas para pasto. (Broadcast Energia – 31.10.2024)