Setor elétrico diverge sobre impacto da energia autogerada na rede das distribuidoras

Em audiência pública realizada no dia 6 de maio, na Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados, representantes do setor elétrico divergiram sobre os efeitos da micro e minigeração distribuída nas redes das distribuidoras, com foco especial no chamado “fluxo reverso”. Tradicionalmente, a energia elétrica circula das subestações pelas redes de média e baixa tensão até o consumidor final. Com o avanço da geração distribuída — especialmente a partir de sistemas solares fotovoltaicos — consumidores passaram a produzir sua própria energia e a injetar o excedente de volta na rede elétrica, no sentido contrário ao fluxo convencional. Esse movimento, conhecido como fluxo reverso, tem gerado preocupação entre as distribuidoras. Elas argumentam que a infraestrutura atual, como transformadores e sistemas de proteção, não foi projetada para absorver o volume crescente de energia injetada, o que pode comprometer a estabilidade e a segurança da rede. (Agência Câmara de Notícias – 06.05.2025)