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Novo marco regulatório do setor elétrico é sancionado

Novo marco regulatório do setor elétrico é sancionado

Foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) de 25 de novembro a Lei nº 15.269, que estabelece o novo marco regulatório do setor elétrico brasileiro, voltado à modernização setorial, reforço da segurança energética e modicidade tarifária. A norma deriva da MP 1.304/2025 e inclui disposições para o armazenamento de energia, ressarcimento por cortes de geração (curtailment) em razão de indisponibilidade da rede, revisão das quotas CDE por faixa de tensão, encargo de complemento de recursos para a CDE, comercialização de gás natural, abertura de mercado, entre outros. Para o tema da abertura de mercado, a Lei estabelece um cronograma para a redução dos limites de tensão e carga elegíveis a migrar para o mercado. Foi determinado o prazo de 24 meses da entrada em vigor do dispositivo (ou seja, final de 2026) para que o prerrogativa de escolher o fornecedor de energia seja estendido aos consumidores industriais e comerciais atendidos em baixa tensão, e o prazo de 36 meses (final de 2027) para que compreenda os consumidores residenciais. Além disso, a Lei pontua requisitos que devem ser atendidos em antecedência à liberalização da baixa tensão: desenvolvimento e execução de plano de comunicação para conscientizar os consumidores de seus novos direitos, definição das tarifas aplicáveis aos consumidores dos ACR e ACL, e a regulamentação do Supridor de Última Instância. Consulte abaixo a Lei nº 15.269 na íntegra.

GESEL publica o TDSE 148 “Análise das Contribuições da Consulta Pública nº 007/2025”

GESEL publica o TDSE 148 “Análise das Contribuições da Consulta Pública nº 007/2025”

O Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL-UFRJ) está publicando o Texto de Discussão do Setor Elétrico (TDSE) nº 148, intitulado “Análise das Contribuições da Consulta Pública nº 007/2025”. O estudo consolida a análise quantitativa e qualitativa das contribuições enviadas à CP que tratou de aprimoramentos regulatórios à luz da abertura do mercado de energia elétrica para o Grupo A e da regulamentação do Open Energy. Foram seis eixos temáticos analisados: Simplificação do Procedimento de Migração, Retorno ao Ambiente de Contratação Regulada (ACR), Aplicação de Descontos com a Migração para o Ambiente de Contratação Livre (ACL), Compartilhamento de Dados/Open Energy, Vedação de Condutas Anticoncorrenciais e Campanhas de Comunicação. O trabalho qualificou cada um dos eixos examinou sinergias e tensões a partir da sistematização de convergências e divergências das contribuições entre diferentes segmentos de agentes: Associações, Comercializadoras, Conselhos de Consumidores, Grupos Integrados e outros. Os debates concentraram-se em temas como a redução dos prazos de migração; a agilidade no retorno ao ACR; a manutenção ou retirada de descontos tarifários após a migração; a governança, competências e implementação do Open Energy; limites à integração vertical entre distribuidoras e comercializadoras etc. O estudo acena para a complexidade do processo de abertura de mercado e conclui que um dos principais desafios regulatórios será conciliar esse novo desenho de mercado assentado na liberdade de escolha do consumidor com sustentabilidade econômica, isonomia concorrencial e outros modelos em vigor, de modo a assegurar uma liberalização eficiente, segura e transparente, com vistas também à iminente abertura para a baixa tensão. Acesse o estudo abaixo.

MP 1.304 prevê acesso ao mercado livre de energia para consumidores da baixa tensão

MP 1.304 prevê acesso ao mercado livre de energia para consumidores da baixa tensão

Aprovada pela Câmara dos Deputados, a Medida Provisória nº 1304/25 representa um marco para a abertura do mercado de energia elétrica no Brasil. A medida amplia o acesso ao mercado livre, permitindo que consumidores residenciais e comerciais possam escolher seu fornecedor de energia, um direito até então restrito a grandes consumidores. O texto estabelece prazos graduais para que os fornecedores adequem a tensão aos consumidores: 24 meses para clientes industriais e comerciais, e 36 meses para os demais consumidores. Além disso, prevê a criação de um plano de comunicação nacional para informar a população sobre os benefícios, riscos e condições da migração, bem como ferramentas de comparação de preços entre o mercado livre e o regulado. Destaca-se também a instituição do Supridor de Última Instância (SUI), que garantirá o fornecimento temporário de energia a consumidores do mercado livre que ficarem descontratados. A Agência Nacional de Energia Elétrica será responsável pela regulamentação e fiscalização desse serviço, cujos custos serão rateados entre os participantes do mercado livre. A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) também ganha novas atribuições, podendo atuar em outros mercados — como o de gás — e oferecer serviços de gestão de garantias e registro de contratos, fortalecendo a governança e a transparência do setor. Com o avanço da pauta da liberalização do mercado com a MP 1304/25, o país dá um passo decisivo rumo à modernização do setor elétrico brasileiro, promovendo maior competitividade e liberdade de escolha e induzindo melhorias de eficiência. Além da abertura de mercado, a MP engloba temas e disposições relacionadas ao armazenamento de energia, compensações por cortes de geração (curtailment), Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), reserva de capacidade, P&D, entre outros.

Seminário GESEL: Desafios Regulatórios e Tecnológicos Frente à Transição Energética

Seminário GESEL: Desafios Regulatórios e Tecnológicos Frente à Transição Energética

O GESEL/UFRJ realizou, no dia 10 de outubro, no CRAB Sebrae, o seminário “Desafios regulatórios e tecnológicos frente à transição energética”, reunindo representantes do marco institucional do Setor Elétrico Brasileiro — MME, ANEEL, EPE e ONS — e diretores da EDP, ENEL, CPFL, Equatorial, Neoenergia, Energisa, Light e da ABRADEE. O evento teve quatro painéis que abordaram vetores de transformação do setor: abertura do mercado de energia elétrica, geração distribuída (GD), a figura do DSO (Operador do Sistema de Distribuição) e inovações tarifárias. No painel “Abertura de Mercado”, coordenado pelo Professor Nivalde de Castro (coordenador-geral do GESEL/UFRJ), Gentil Nogueira (diretor da ANEEL), Luís Falcone de Souza (diretor regulatório da EDP do Brasil) e Aldo Pessanha (diretor de Regulação Estratégica da Enel) foram os expositores. Sobre o tema, foi destacado o avanço do consenso sobre os benefícios da abertura de mercado para consumidores de baixa tensão, a exemplo da ampliação da liberdade de escolha do consumidor, mitigação de assimetrias e possível redução de custos. Todavia, também foram alertados a complexidade do processo os riscos associados à brevidade dos prazos estipulados para a abertura, bem como enfatizada a relevância da difusão da medição inteligente. Acesse o material das apresentações do evento abaixo: Abertura do mercado – Baixa Tensão (Luiz Falcone/EDP) Abertura de Mercado (Aldo Pessanha/Enel) Leia mais sobre o evento no site do GESEL.

Thereza Aquino (GESEL) apresenta Texto de Discussão sobre pilares para a abertura do mercado

Thereza Aquino (GESEL) apresenta Texto de Discussão sobre pilares para a abertura do mercado

Thereza Aquino (Pesquisadora Sênior do GESEL-UFRJ e Professora da Escola Politécnica da UFRJ) apresenta o Texto de Discussão (TDSE) nº 145 “A transição para um mercado varejista liberalizado no Setor Elétrico Brasileiro: Recomendações das melhores práticas internacionais para o seu efetivo alcance” publicado pelo GESEL, e escrito por ela em parceria com Nivalde de Castro (Professor do Instituto de Economia da UFRJ e Coordenador-Geral do GESEL), Vitor Santos (Professor Catedrático do Instituto Superior de Economia e Gestão [ISEG] da Universidade de Lisboa), Katia Rocha (Pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada [IPEA]), Maria Bernadete Gutierrez (Pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada [IPEA]), Leonardo Gonçalves (Pesquisador Associado do GESEL-UFRJ) e Gustavo Esteves (Pesquisador Associado do GESEL-UFRJ). Acesse o texto aqui.

GESEL publica TDSE 145 “A transição para um mercado varejista liberalizado no Setor Elétrico Brasileiro: Recomendações das melhores práticas internacionais para o seu efetivo alcance”

GESEL publica TDSE 145 “A transição para um mercado varejista liberalizado no Setor Elétrico Brasileiro: Recomendações das melhores práticas internacionais para o seu efetivo alcance”

O GESEL está publicando o Texto de Discussão do Setor Elétrico (TDSE) nº 145, intitulado “A transição para um mercado varejista liberalizado no Setor Elétrico Brasileiro: Recomendações das melhores práticas internacionais para o seu efetivo alcance”. O estudo aborda a transição para um mercado varejista liberalizado no Setor Elétrico Brasileiro (SEB) e examina as melhores práticas de países da OCDE e da União Europeia. Essas experiências internacionais — tomadas como benchmark para o trabalho — respondem por um processo de liberalização já consolidado, enquanto no Brasil os consumidores regulados ainda não dispõem da prerrogativa de escolher seus fornecedores. O trabalho visa subsidiar reformas no Brasil, com foco no PL 414/2021 e na MP 1.300/2025, que propõe um cronograma para a abertura total do varejo. A MP estabelece a abertura em duas etapas (agosto de 2026 para industriais/comerciais e dezembro de 2027 para os demais) e a separação das atividades de comercialização e distribuição até julho de 2026. A liberalização baseia-se em três pilares da experiência internacional: (i) infraestrutura institucional e concorrência; (ii) vetores para o desenvolvimento concorrencial e diretrizes regulatórias; e (iii) política econômica e aspectos ESG. As recomendações incluem a separação das atividades de fio e energia, o compartilhamento de dados (Open Energy), campanhas de comunicação, ferramentas de comparação de preços e aprimoramentos nos procedimentos de migração. O texto enfatiza o monitoramento contínuo da concorrência e a racionalização de encargos e subsídios que distorcem o mercado brasileiro. O objetivo final é um mercado liberalizado amplo, inclusivo, eficiente, justo e sustentável. Leia abaixo o texto na íntegra.

MME abre Consulta Pública sobre abertura do mercado e regulamentação do SUI

MME abre Consulta Pública sobre abertura do mercado e regulamentação do SUI

O Ministério de Minas e Energia (MME) abriu a Consulta Pública nº 196, de 02/09/2025, que trata da regulamentação da abertura do mercado de energia elétrica para os consumidores atendidos por tensão inferior a 2,3 kV e das regras de exercício do Supridor de Última Instância. O processo busca discutir e definir, entre outros aspectos: (i) as condições para a migração dos consumidores atendidos em baixa tensão para o Ambiente de Contratação Livre (ACL); (ii) a antecedência mínima para solicitação do retorno desses consumidores ao Ambiente de Contratação Regulado (ACR); e (iii) as responsabilidades e condições para utilização do Supridor de Última Instância (SUI). As contribuições serão recebidas pelo prazo de 45 dias contados de 02/09/2025, consoante os efeitos da Portaria MME nº 862/2025. A consulta da Nota Técnica que apresenta a proposta de regulamentação que é objeto desta CP, assim como a submissão das contribuições, pode ser feita em: https://consultas-publicas.mme.gov.br/home. O GESEL-UFRJ fará uma contribuição.

O Open Energy e a abertura do mercado elétrico no Brasil

O Open Energy e a abertura do mercado elétrico no Brasil

Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador-geral do GESEL-UFRJ) e Leonardo Gonçalves (pesquisador associado do GESEL-UFRJ) destacam a modernização do Setor Elétrico Brasileiro (SEB) por meio do Open Energy, uma nova fronteira de valor que, pelo uso intensivo de dados, visa o empoderamento do consumidor-cliente. No mercado varejista, o Open Energy, ambiente digital de dados padronizados, viabiliza novos produtos e serviços, e permite ao consumidor acesso a informações detalhadas para decisões mais embasadas, economizando energia e custos. A ANEEL, seguindo diretrizes do MME, instituiu a Consulta Pública n° 07/2025 (CP 07/2025) para coletar subsídios sobre sua operacionalização, incluindo acesso e responsabilidades. Análise do GESEL-UFRJ das 231 contribuições revelou três subtemas de maior divergência: responsabilidade pelo compartilhamento (com verticalizados resistindo à custódia e comercializadores defendendo a liberdade do consumidor); governança e papel da CCEE (com defensores da centralização na CCEE versus a descentralização com múltiplos operadores); e ritmo de implementação (com alguns buscando coordenação com outras reformas e outros, um cronograma rápido ou gradual). MME e ANEEL indicaram a LGPD como base para responsabilidades; a ANEEL propõe custódia com as entidades geradoras originais, não exclusivamente na CCEE. A CCEE, contudo, coordenaria aspectos tecnológicos e orientaria agentes, em um modelo análogo ao Open Finance com múltiplos operadores. Por fim, a implementação do Open Energy é um passo fundamental para a abertura do mercado de energia de baixa tensão, aprimorando o ambiente institucional e empoderando cerca de 90 milhões de consumidores-clientes. Leia abaixo o artigo na íntegra.

Webinar GESEL “Análise das Contribuições da CP 07/25 – Abertura do Mercado de Eletricidade”

Webinar GESEL “Análise das Contribuições da CP 07/25 – Abertura do Mercado de Eletricidade”

O Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL-UFRJ) convida para o webinar “Análise das Contribuições da CP 07/25 – Abertura do Mercado de Eletricidade”. No evento, serão apresentados os resultados da análise realizada sobre convergências e divergências entre os diversos segmentos do setor elétrico que enviaram contribuições à CP. O objetivo é identificar posições e fomentar discussões acerca de propostas regulatórias futuras. A análise contou com o apoio de ferramentas de inteligência artificial, que contribuíram para o aprofundamento e sistematização das contribuições recebidas. Os temas a serem abordados são: Open Energy, simplificação do procedimento de migração, e vedação de condutas anticoncorrenciais. Data: 14.08.2025Horário: 10h30Transmissão online Inscreva-se já: https://forms.gle/enreCtZKDuPwPEgm7

GESEL publica TDSE 141 “Sistemas Financeiros e Transição Energética: Implicações para a estrutura de financiamento de empresas líderes do setor elétrico na Europa e América do Sul”

GESEL publica TDSE 141 “Sistemas Financeiros e Transição Energética: Implicações para a estrutura de financiamento de empresas líderes do setor elétrico na Europa e América do Sul”

O GESEL está publicando o Texto de Discussão do Setor Elétrico (TDSE) Nº 141, intitulado “Sistemas financeiros e transição energética: Implicações para a estrutura de financiamento de empresas líderes do setor elétrico na Europa e América do Sul”. O objetivo central do estudo é extrair lições da experiência europeia, que está avançada no processo de liberalização, dada as diretrizes da União Europeia na direção da formação de um mercado único de energia, e no protagonismo da região no processo de transição para energia renovável. A experiência desses países pode ser vista como um “benchmark” para este projeto, que busca propor um novo desenho para o mercado de energia elétrica no Brasil. Leia abaixo o texto na íntegra.