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Artigo GESEL: “A modernização do Setor Elétrico Brasileiro no contexto da MP 1.300/2025”

Artigo GESEL: “A modernização do Setor Elétrico Brasileiro no contexto da MP 1.300/2025”

Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador-geral do GESEL), Katia Rocha (pesquisadora do IPEA e Diretora Executiva do Instituto “Mulheres na Regulação”) e Bianca de Castro (pesquisadora sênior do GESEL/UFRJ) tratam da Medida Provisória nº 1.300/2025 enquanto um esforço relevante do Governo Federal para reformar o Setor Elétrico Brasileiro (SEB), mesmo diante da baixa probabilidade de aprovação integral do texto pelo Congresso Nacional devido à força de lobbies. A MP está ancorada em três pilares: i) abertura de mercado e estímulo à concorrência; ii) ampliação da Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE) com foco na justiça energética; e iii) reequilíbrio econômico setorial por meio da revisão de encargos e subsídios. Os autores destacam que a proposta busca beneficiar cerca de 60 milhões de pessoas, aliviando a pobreza energética estrutural no país e promovendo maior eficiência distributiva. Embora o impacto tarifário estimado para os demais consumidores seja pequeno, a resistência política à redução de subsídios regressivos representa um obstáculo significativo. A MP também alinha o Brasil às melhores práticas internacionais, ao propor critérios mais precisos de vulnerabilidade energética e sugerir mecanismos para compensação dos custos sociais com maior transparência e eficiência. Leia abaixo o texto na íntegra.

Webinar GESEL “Tarifa Social da MP 1.300/MME”

Webinar GESEL “Tarifa Social da MP 1.300/MME”

No dia 30 de junho, das 14h às 16h, o GESEL-UFRJ realizará o webinar sobre a Tarifa Social da MP 1.300/2025. O objetivo é analisar a proposta do Ministério de Minas e Energia (MME) e os possíveis impactos nas distribuidoras. Já estão confirmadas as participações de Fernando Colli, Secretário Executivo Adjunto do MME; Cristiano Logrado, do Grupo Equatorial Energia; Katia Rocha, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA); e Ricardo Brandão, da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEE). A coordenação será do Professor Nivalde de Castro, coordenador geral do GESEL-UFRJ. O evento será online, gratuito, com vagas ilimitadas, e sua gravação será disponibilizada exclusivamente para os inscritos. A inscrição pode ser feita por este link: https://forms.gle/5YDyqGodJhcV8QqC9

Webinar GESEL “Processo de Abertura de Mercado: da CP 07/ANEEL à MP 1.300/MME”

Webinar GESEL “Processo de Abertura de Mercado: da CP 07/ANEEL à MP 1.300/MME”

No dia 16 de junho, das 14h às 16h, o GESEL-UFRJ realizará o webinar “Processo de Abertura de Mercado: da CP 07/ANEEL à MP 1.300/MME”, o primeiro de uma série de três encontros. O objetivo do evento é aprofundar a análise da MP 1.300 do MME e da Consulta Pública nº 07/2025 da ANEEL, que tratam dos novos marcos regulatórios para a abertura do mercado de energia elétrica no Brasil. Estão confirmados como palestrantes: Isabela Vieira, do Ministério de Minas e Energia (MME); Daniel José Justi Bego, da Superintendência de Regulação dos Serviços de Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica (STD) da ANEEL; Professor Vitor Santos, da Universidade de Lisboa; Luis Falcone, diretor da EDP; Thereza Aquino, pesquisadora do GESEL; e Henrique Reis, do escritório Demarest Advogados. A coordenação será do Professor Nivalde de Castro, coordenador geral do GESEL-UFRJ. O evento será online, gratuito, com vagas ilimitadas, e sua gravação será disponibilizada exclusivamente para os inscritos. A inscrição pode ser feita por este link: https://forms.gle/7r7UFWhRgU2iM3xV9

Artigo GESEL: “Questões concorrenciais para abertura do mercado de energia elétrica”

Artigo GESEL: “Questões concorrenciais para abertura do mercado de energia elétrica”

Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador-geral do GESEL), Katia Rocha (pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA) e Bianca de Castro (pesquisadora do GESEL-UFRJ) analisam a Medida Provisória nº 1.300/2025, que representa um avanço importante na modernização do Setor Elétrico Brasileiro (SEB). A MP é estruturada em três eixos: ampliação da Tarifa Social de Energia Elétrica, abertura total do mercado de energia e revisão de encargos e subsídios. Os autores concentram a análise na abertura do mercado, destacando que a medida consolida um processo de amadurecimento regulatório construído ao longo de vários anos e governos. Eles argumentam que a liberalização do mercado está alinhada às melhores práticas internacionais, especialmente da União Europeia, e pode gerar múltiplos benefícios, como redução de custos, maior transparência, inovação, eficiência energética e sustentabilidade. Ressaltam, contudo, que o êxito desta reforma depende do fortalecimento da concorrência, da atuação eficaz das autoridades reguladoras e da adoção de medidas que evitem práticas anticompetitivas. Ao final, os autores reforçam que a liberalização é um processo contínuo e dinâmico, que exige monitoramento constante e uma regulação robusta para garantir uma transição justa, eficiente e centrada no consumidor. Leia abaixo o texto na íntegra.

Artigo GESEL: “A proposta do MME de reforma do setor elétrico brasileiro”

Artigo GESEL: “A proposta do MME de reforma do setor elétrico brasileiro”

Em artigo publicado no Broadcast Energia, Nivalde de Castro (Professor do Instituto de Economia da UFRJ e Coordenador-Geral do GESEL), Katia Rocha (Pesquisadora do IPEA) e Bianca Magalhães de Castro (Pesquisadora Plena do GESEL-UFRJ) tecem considerações acerca da proposta de reforma do setor elétrico brasileiro (SEB) apresentada pelo Ministério de Minas e Energia (MME). O planeamento é assentado em três pilares: (i) Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE), (ii) redistribuição e racionalização de encargos e subsídios, e (iii) abertura do mercado de energia elétrica para o Grupo B. Os autores pontuam que o Brasil apresenta uma grande dicotomia e dispersão entre custos e tarifas no ambiente de contratação regulada (ACR), que têm como causa central os altos encargos e subsídios – de caráter, sobretudo, privado, regressivo e discriminatório – “construídos” ao longo dos anos, engendrando ineficiências no setor. A esse respeito, a proposta do MME avança no tratamento dessa questão, acenando para o rateio mais equilibrado desses custos, bem como para a eliminação gradual de subsídios cuja manutenção não é mais justificada. Uma crítica ao texto, todavia, é a falta de posição firme quanto à redução dos subsídios concedidos aos consumidores usuários de micro e minigeração distribuída (MMGD), item que, segundo os autores, está “quebrando a harmonia do SEB”. Ademais, a proposta faz indicação a um cronograma de liberalização do mercado para a baixa tensão com prazo de cerca de três anos, tendo início em março de 2027 com a abertura para consumidores industriais e comerciais, enquanto a abertura para os demais consumidores – incluindo os residenciais – aconteceria a partir de março de 2028. Os autores ponderam que a previsão de abertura escalonada e gradual tem o potencial de diminuir inúmeras distorções do SEB, sendo, portanto, vista como uma solução estrutural para diversas questões ainda presentes no setor. Destaca-se, entretanto, que esse processo não deve fixar datas, mas sim condicionantes prévios, mirando atenuar o risco dos agentes. Por fim, o artigo enfatiza que a atual proposta do MME consolida todo um trabalho de evolução e maturidade em direção a aprimoramentos regulatórios para uma completaliberalização e maior concorrência. Leia abaixo o artigo na íntegra:

Artigo GESEL: “Os Desafios da Liberalização do Mercado Elétrico Brasileiro”

Artigo GESEL: “Os Desafios da Liberalização do Mercado Elétrico Brasileiro”

Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador-geral do GESEL), Marcelo Maestrini (pesquisador associado do GESEL-UFRJ) e Bianca de Magalhães de Castro (pesquisadora plena do GESEL-UFRJ) analisam os desafios da liberalização do mercado de energia elétrica no Brasil, focando em quatro riscos principais: sobrecontratação: o excesso de energia contratada pelas distribuidoras cria um subsídio cruzado que favorece o mercado livre e penaliza o regulado, gerando uma “espiral da morte”. Instabilidade de preços: a exposição às variações de preço pode causar aumentos tarifários imprevistos, requerendo mecanismos de estabilização. Inadimplência de comercializadoras: garantias financeiras frágeis aumentam o risco de falências que deixam consumidores expostos a preços de curto prazo. E risco sistêmico: a abertura para milhões de consumidores de baixa tensão pode gerar efeito dominó em caso de crise. Apesar desses desafios, a liberalização tem potencial para aumentar a eficiência do setor, desde que implementada com inovações regulatórias adequadas, incluindo fundos de transição, garantias financeiras efetivas e contratos padronizados. Acesse abaixo o artigo na íntegra:

ANEEL abre a Consulta Pública que trata de aprimoramentos regulatórios para a liberalização do mercado

ANEEL abre a Consulta Pública que trata de aprimoramentos regulatórios para a liberalização do mercado

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) anunciou a abertura da Consulta Pública 007/2025. O objetivo da ação é obter subsídios para as minutas de resolução normativa e manuais que buscam o aprimoramento regulatório dos serviços de distribuição em consequência da abertura de mercado para consumidores do Grupo A e instituem o Open Energy. Em destaque, o TDSE Nº 127 do GESEL (“A Agenda para a Liberalização do Mercado de Energia Elétrica no Brasil: Convergências e Divergências às Melhores Práticas Internacionais“) foi citado como material de referência na Nota Técnica Conjunta Nº 1/2025, produzida no âmbito dos temas desta consulta. As contribuições podem ser enviadas até o dia 07 de abril de 2025, para o e-mail: cp007_2025@aneel.gov.br.

GESEL: Missão Técnica Internacional do Projeto NDM vai a Portugal e à Espanha

GESEL: Missão Técnica Internacional do Projeto NDM vai a Portugal e à Espanha

O GESEL, entre os dias 30 de novembro e 07 de dezembro, realizou a Missão Técnica Internacional em Portugal e na Espanha. A Missão acontece no âmbito do projeto de PDI sobre Desenhos de Mercado, financiado pela EDP, que tem como objetivo central contribuir com informações e conhecimentos das experiências internacionais para subsidiar o aprimoramento da Governança e Concorrência do SEB. A ação foi coordenada pelos Professores Thereza Aquino e Nivalde de Castro, e teve apoio do Ministério das Relações Exteriores e das respectivas Embaixadas da Espanha e Portugal. No vídeo abaixo, o Professor Nivalde de Castro apresenta a Missão Técnica Internacional: Um destaque da Missão aconteceu 03 de dezembro, em Madri, quando o GESEL participou de seminário internacional sobre Desenhos de Mercado, que contou com a presença do CEO da Iberdrola, Mário Ruiz, e o diretor de Regulação da Neoenergia, Fabiano Carvalho, além de representantes do MME (Fernando Colli Munhoz), Aneel (Alessandro Cantarino e Daniel José Justi Bego), CCEE (Gustavo Martinelli) e TCU (Alexandre Carlos Leite de Figueiredo e Marcelo Leite Freire). O objetivo específico da Missão é dar sequência e aprofundar o conhecimento dos principais instrumentos e políticas públicas adotadas por Portugal e Espanha, em relação à governança e competitividade no aprimoramento dos desenhos de mercado. Desta forma, pretende-se sistematizar conhecimentos destas duas experiências e, assim, gerar subsídios para serem examinados no contexto do aprimoramento do desenho de mercado do SEB, em especial no que se relaciona à liberalização do mercado elétrico de baixa tensão.

Francisco Eduardo de Souza apresenta indicadores do Projeto Novos Desenhos de Mercado

Francisco Eduardo de Souza apresenta indicadores do Projeto Novos Desenhos de Mercado

Neste vídeo, Francisco Eduardo Pires de Souza (Professor do Instituto de Economia da UFRJ e Coordenador do Grupo de Conjuntura e Macroeconomia Aplicada) apresenta e examina indicadores macroeconômico-setoriais que integram a pesquisa do Projeto de P&D “Novos Desenhos de Mercado”. Esses indicadores podem ser visualizados também nos infográficos deste projeto. Assista o vídeo na íntegra:

Artigo GESEL: “Inovações regulatórias no processo de liberalização do setor elétrico”

Artigo GESEL: “Inovações regulatórias no processo de liberalização do setor elétrico”

Em artigo publicado no Broadcast Energia, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador-geral do GESEL), Vitor Santos (professor catedrático do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) da Universidade de Lisboa) e Katia Rocha (pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA)) abordam a reestruturação do setor elétrico no tocante à separação de atividades monopolistas e competitivas, destacando a experiência da União Europeia como referência para o Brasil. A reorganização do setor elétrico global desde 1990 visa transformar o modelo de monopólios de grandes empresas públicas em um modelo com separação entre monopólios naturais (transmissão e distribuição) e atividades potencialmente competitivas (geração e comercialização). No Brasil, este é um processo ainda em andamento, enquanto na União Europeia a experiência avançou em direção à mercados mais competitivos. As reformas na Europa buscaram: acesso não discriminatório às redes, regulação econômica eficiente dos monopólios, estímulo à concorrência, e preços que reflitam o custo econômico eficiente. Isso inclui a criação de comercializadoras independentes, permitindo que os consumidores escolham seus fornecedores, com um comercializador de último recurso para aqueles que não fizeram a migração para o mercado livre. Entre as diretivas da União Europeia para este processo estão: a imposição de separação funcional (gestão independente) entre distribuição, geração e comercialização; e a atuação neutra de operadores de rede de distribuição (DNOs), garantindo acesso igualitário às redes. A OCDE, por sua vez, monitora o progresso regulatório dos países membros, atestando o atendimento dos critérios de separação vertical definidos pela regulação do setor. Os autores, por fim, concluem que a experiência europeia com a liberalização e separação funcional/legal no setor elétrico promoveu maior concorrência e segurança no fornecimento de energia, e que esse modelo pode servir como uma importante referência para o processo de reforma do setor elétrico no Brasil.