- Por que a abertura do mercado elétrico brasileiro é importante?
- Quais são os benefícios decorrentes da abertura de mercado do setor elétrico?
- O que são os indicadores PMR?
- Quais indicadores serão disponibilizados no site?
- Qual é o papel do financiamento na abertura de mercado?
No contexto da liberalização do mercado de energia em curso no Brasil com a redução gradativa do Ambiente de Contratação Regulado (ACR) e crescimento acelerado do Ambiente de Contratação Livre (ACL) é essencial a importância de analisar a estruturação dos mercados elétricos e seu enquadramento regulatório. A experiência de diversos países indica que a liberalização do mercado de energia contribuiu para consolidar um ambiente de negócios mais estável, reduzindo riscos e atraindo investimentos, essenciais para estimular o desenvolvimento econômico e social. Por outro lado, os desafios e transformações estruturais impulsionados pela transição energética (integração das fontes renováveis e eletrificação dos processos produtivos, serviços e mobilidade) demandarão novas diretrizes regulatórias para os agentes econômicos. Neste sentido, os desenhos de mercado são vetores fundamentais para internalizar estas tendências e a experiência internacional indica que os mercados liberalizados são uma referência da dinâmica disruptiva em curso no setor elétrico global.
A abertura de mercado viabiliza uma série de benefícios para o setor elétrico, dentre as quais são destacados: melhores incentivos ao controle de custos de construção e operação da capacidade de energia; fomento à inserção de fontes renováveis de geração e novas tecnologias operacionais; incentivos aos operadores de rede para manutenção de níveis adequados de prestação de serviço; e transferência dos riscos de escolha tecnológica, custos de construção e falhas operacionais para os agentes econômicos, preservando os consumidores, etc.
Os indicadores Product Market Regulation (PMR) são parâmetros desenvolvidos pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para medir a posição do arcabouço regulatório de um país ante as melhores práticas internacionais. A OCDE, a esse respeito, aponta que boas práticas regulatórias são promotoras da concorrência e geram externalidades positivas, que vão desde aumento da eficiência, ganhos de bem-estar social e redução do custo de capital.
O projeto tem como um de seus objetivos selecionar os países com mercado elétrico liberalizado a serem utilizados como benchmark para a abertura do Setor Elétrico Brasileiro. Neste sentido, será realizado o levantamento de indicadores qualitativos a fim de destacar suas características estruturais e promover um enquadramento do setor elétrico nacional no contexto de mudanças regulatórias. Com isso, serão elaborados indicadores de: porte/desempenho do setor elétrico; tarifas; qualidade regulatória e governança; indicadores macro-setoriais; indicadores financeiros.
Dada a natureza capital intensiva do setor elétrico, para viabilizar a sua expansão e operação são necessários volumes expressivos de funding. Os mecanismos de financiamento, tanto por meio do sistema bancário como pelo mercado de capitais, serão objetos analíticos do projeto. A experiência do financiamento terão como foco as empresas líderes de cada um dos países selecionados.