O investimento global na transição energética de baixo carbono ultrapassou, pela primeira vez, a marca de US$ 2 trilhões em 2024, segundo relatório da BloombergNEF. Impulsionados por energia renovável, redes elétricas, transporte eletrificado e investimentos em armazenamento de energia, os aportes cresceram 11% no último ano. Entretanto, apesar do recorde nominal, o ritmo de crescimento foi mais lento do que nos três anos anteriores, quando o investimento cresceu de 24% a 29% ao ano. A líder no volume de investimentos foi a China, que respondeu por US$ 818 bilhões do total, uma alta de 20% em relação a 2023. Embora, a aplicação de recursos em fontes de energia e infraestrutura mais limpas, em alinhamento com as metas climáticas do Acordo de Paris, seja bastante significativa, muitos especialistas argumentam que o patamar e o ritmo ainda são insuficientes. Segundo a apuração apresentada no documento da BNEF, o investimento global em transição energética precisa ter uma média de US$ 5,6 trilhões por ano de 2025 a 2030 para atingir uma meta de emissões líquidas zero até meados do século. Os níveis atuais, assim, respondem por apenas 37% do que é necessário para a trajetória vista como a mais adequada. (Reuters – 30.01.2025)